Jornal Hoje em Dia - Da Redação - 6/07/2010 - 20:52
CRISTIANO COUTO
No primeiro dia de campanha nas ruas, o candidato ao Governo de Minas Hélio Costa (PMDB) optou por um corpo a corpo no Mercado Central, um dos mais tradicionais centros de compra de Minas no Centro de Belo Horizonte, com direito a cerveja e tira-gosto.
Em companhia do vice, o ex-ministro Patrus Ananias (PT), e do candidato ao Senado, o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT), Hélio Costa aproveitou para intensificar o contato direto com o eleitor. Durante uma hora, os três cumprimentaram eleitores, tomaram cafezinho, comeram abacaxi, queijo e goiabada cascão. Depois de se despedirem de Pimentel, que teve de viajar para Brasília, Costa e Patrus encerraram a maratona tomando uma cerveja bem gelada, acompanhada por uma porção caprichada de fígado acebolado com jiló.
Fortalecidos com a adesão, na véspera, do PRB - partido que agrega à coligação “Todos juntos por Minas” (PT, PMDB e PCdoB) o vice-presidente da República, José Alencar, e mais um minuto no horário da propaganda eleitoral gratuita -, Costa, Patrus e Pimentel chegaram praticamente juntos ao Mercado Central. Bem afinados no discurso, reforçaram que só com essa “grande união de centro-esquerda” será possível se encerrar um “ciclo ilusório” de oito anos de governo tucano no Estado. Costa elevou o tom das críticas à atual administração, afirmando que o Governo mineiro é incapaz de pagar um salário digno a profissionais da segurança pública e aos professores.
O senador segurava o contracheque de Raul Pinto Aires, que se apresentou como funcionário do Estado da área de segurança. “É até contra a lei um profissional do Estado receber R$ 340 por mês”, criticou o senador.
Na maratona pelos corredores do Mercado Central, no Centro de Belo Horizonte, Costa, Patrus e Pimentel, acompanhados por várias lideranças do PT e do PMDB, distribuíram muitos acenos e cumprimentaram comerciantes e clientes do mercado. De um deles, Costa ganhou uma garrafa de cachaça.
Na conta da caminhada, ficaram três cafezinhos, cinco pedaços de abacaxi, quatro cervejas e duas porções de fígado acebolado com jiló. As despesas - um total de R$ 50,50 - foram pagas por um escudeiro do PMDB.